quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Psicólogo? Para que serve?

O PAPEL DO PSICOLÓGO


Para muitos, psicólogo é coisa para loucos, mas como diz o ditado: "De louco e médico todo mundo tem um pouco".
Felizmente, essa ideia referente ao trabalho do psicólogo está mudando. Quem já não passou por situações de stress, crise, de ruptura, momentos problemáticos ou de simples incerteza? Ninguém está livre disso, idosos, crianças, mulheres e homens, todos podem desencadear um transtorno.
Existem pessoas que estão mais suscetíveis que outras a superar os obstáculos que a vida naturalmente nos impõe, como: as que sofreram perdas significativas, em caso morte ou perda de familiares, amigos, cônjuge e outros que possam vir a sofrer posteriormente de uma depressão ou não. Isso vai depender muito do que chamamos de resiliência.
Para algumas crianças, essa ajuda pode ser necessária no processo de aprendizagem, em processo de separação dos pais, mudança de endereço ou escola, entre outras situações.
Para o adulto, essa ajuda pode vir desde o momento que queira e necessite se conhecer melhor ou superar dificuldades .Algumas pessoas passam a vida inteira infelizes, achando que devem viver a vida como ela é, mesmo sofrendo muito, sem perceber que o que tem que mudar não é a vida e sim a própria pessoa. Todavia, essas mudanças muitas vezes não acontecem porque ela não consegue, não quer, porque nunca tentou, como muitos pensam, ou até mesmo porque é uma pessoa fraca. É no seio deste conflito que pode intervir um psicólogo, ajudando-o a encontrar as melhores opções, reorientando, apoiando e promovendo novas descobertas até então desconhecida, pois as frustrações pessoais também podem nos levar a uma doença mental e até física.  É o que chamamos de somatização. Quando a pessoa não consegue resolver uma questão emocional acaba em alguns casos somatizando e levando essa angústia e/ou frustração para o corpo através de várias doenças.
Para o psicólogo a clínica não é um espaço de julgamento moral, crítico ou condutas e atitudes moralistas e sim, um espaço para ampará-lo e acolhe-lo.
A psicologia é uma ciência que estudo o comportamento humano. O psicólogo possui técnicas que facilitam fazer um psicodiagnóstico e um tratamento psicológico de qualidade ajudando na dificuldade individual de cada um.

Taís Melo.

sexta-feira, 4 de março de 2011

Empresas também podem ajudar na saúde psicológica dos funcionários!

Psicologia Clínica para funcionários


      E muito importante o bem-estar psicológico dos funcionários e essa uma descoberta do meio corporativo. As empresas que oferecem este benefício dentro da empresa, ajuda o colaborador á buscar o plantão psicológico para falar sobre seus problemas pessoais e de relacionamento ajudando o colaborador a melhorar sua qualidade de vida, valorizando a sua saúde psicológica.
A empresa, que decidi oferecer este benefício , está focada principalmente na saúde integral de seu colaborador e no valor que pode ser agregado à qualidade de vida no trabalho, permitindo que as pessoas trabalhem mais motivadas, com menores índices de estresse.
O atendimento psicológico é uma maneira de humanizar as relações interpessoais, pois pessoas saudáveis participam na co-construção de redes internas de relações e ambientes mais cooperativos e criativos.
 O pensamento dominante da gestão organizacional dos anos 90 era de explorar ao máximo a força de trabalho, e alcançar os maiores níveis de qualidade e produtividade com o mínimo de despesas possíveis como: folha de pagamento, benefícios, e qualidade de vida no trabalho. Esta visão caracterizava-se por uma postura imediatista e sem visão social.
Hoje, contudo, esse pensamento vem sofrendo importantes transformações, principalmente se considerarmos o que vem a ser o trabalho, já que ele conserva um lugar importante em nossa sociedade.
Será que se tivéssemos bastante dinheiro para viver bem o resto da vida sem trabalhar, deixaríamos de fazê-lo? As pesquisas apontam que não, a maioria das pessoas trabalharia mesmo assim. O principal motivo que leva as pessoas a trabalharem, além das necessidades financeiras, é a importância de relacionar-se com outras pessoas, sentir-se vinculado, para ter algo que se ocupar, enfim sentir-se produtivo e ter algo para fazer na vida além do ócio. O trabalho é um valor e, consequentemente tem uma forte influência na motivação das pessoas, na sua produtividade e satisfação pessoal.
A maioria das doenças que nos afligem como a vista cansada, as cáries, a queda dos cabelos, as espinhas da adolescência, a TPM, a angústia, insônia, dor de cabeça e tantas outras podem ser estabilizadas e reguladas interna ou externamente. Assim, ao invés de focarmos na saúde ideal, nossas preocupações enveredam para o conceito de normalidade onde as doenças estão estabilizadas por remédios, exercícios físicos, técnicas complementares como acupuntura e o sofrimento compensado pela meditação, auto-conhecimento e tomada de consciência.
Portanto, o arsenal disponível da Administração de Recursos Humanos tornou-se insuficiente, porém necessária e importante, quando o assunto são pessoas. Faz-se necessário buscar modelos mais abrangentes para que as pessoas possam trabalhar, e também realizar seus sonhos e objetivos, serem felizes em casa, no trabalho e na sociedade tornando-se pessoas mais conscientes. A psicoterapia, assim como, o aconselhamento e o coaching são ferramentas de importância significativa para a reconstrução da saúde psíquica. A saúde integrada é uma conquista que pode ser facilitada mediante a presença da Psicologia Clínica no ambiente de trabalho.
Muitos trabalhadores, em determinadas circunstâncias de suas vidas, podem se beneficiar ao encontrar uma interlocução diferenciada, que lhes proporciona uma oportunidade de refletir sobre si mesmo, identificando e reconhecendo seus próprios sentimentos diante de um problema, e identificando que a dificuldade que estão enfrentando acaba se refletindo no desempenho do trabalho e nos relacionamentos com os colegas e gestores.

quinta-feira, 3 de março de 2011

Criança estressada. Existe?


Aprender a lidar com o stress é muito importante para a criança.
A criança que não aprende a lidar com situações estressantes têm maior probabilidade de se tornar um adulto altamente vulnerável ao stress, fragilizado e consequentemente mais vulnerável a enfermidades cujas origens partem do stress, entre elas está à “depressão”.
Por esse motivo, é de suma importância que os pais ensinem desde cedo os seus filhos a lidarem com tensões, perdas e frustrações. O problema é quando os pais ou um dos pais já vive um momento estressante e/ou depressivo. Para pais estressados ou deprimidos os cuidados devem ser dobrados. Em alguns casos é indispensável uma ajuda profissional para a família, pois um membro doente na família abala toda ela, principalmente os filhos em formação.
O fato é que pais estressados tendem a ajudar a formarem filhos estressados, pois passam um modelo negativo aos seus filhos.
Por esse motivo podemos considerar pais os primeiros “professores” dos seus filhos. Através de atitudes e comportamentos dos pais, os pequenos começam a aprender como se comportar e lidar com certas situações. Crianças necessitam de modelos adequados para lidar com as adversidades e problemas da vida. Por esse motivo, pais e professores possuem um papel importante na prevenção do stress infantil.
Infelizmente alguns pais se confundem e acreditam que ajudar seus filhos com o stress é poupá-los de toda e qualquer tipo de frustração, por isso acabam satisfazendo todas as vontades e caprichos dos filhos. Fazem de tudo, até mesmo permitir que seus filhos lidem com situações consideradas perigosas. Na verdade essa atitude também está ligada na maior parte das vezes com uma dificuldade maior dos pais do que dos filhos. É um caso a ser discutido em outro momento, mas está ligado a uma angústia maior do pai/mãe e conseqüentemente a dificuldade de ajudar os filhos a lidarem com a sua angústia toma uma proporção maior. Falaremos deste detalhe em outra oportunidade.
É importante enfatizar que essa exposição a qual me refiro deve ser proporcional ao estágio de desenvolvimento, maturidade e resistência desta criança. É preciso deixar claro também que uma criança excessivamente poupada não tem chances de se preparar para o mundo estressante que vivemos hoje, entretanto uma criança exposta a fatores estressantes em demasia diminui de forma considerável a oportunidade de adquirir estratégias de enfrentamento de forma gradual e lógico.
São vários os fatores que podem desencadear stress em uma criança. Seguem alguns deles:
  • Mudanças significativas ou estressantes;
  • Responsabilidade em excesso;
  • Excesso de atividades;
  • Brigas ou separações dos pais;
  • Cobrança excessiva de algumas escolas;
  • Morte na família, principalmente de pais ou irmãos;
  • Exigência ou rejeições por parte de pessoas próximas;
  • Disciplina confusa por parte dos pais;
  • Doença ou internação de pessoas próximas;
  • Nascimento de irmãos;
  • Injustiça por parte dos pais;
  • Troca de professores ou escolas;
  • Medo de pai alcoólatra;
  • Mudança de babá ou cuidador;
  • Mudança de vizinhança;
  • Pais ou professores estressados;
  • Doença mental dos pais.

Falarei de alguns fatores que acredito necessitar de uma atenção especial.
As cobranças exageradas aos alunos nas escolas podem fazer com que a criança se sinta incapaz por não conseguir acompanhar essas exigências e consequentemente ter que assumir o “fracasso” escolar diante dos pais, colegas e professores. A competição exagerada e muitas vezes exposição excessiva das suas dificuldades para colegas, constrange, inibe e estressa os pequenos.
A morte na família também é um fator de peso, principalmente se esta morte for de um dos pais ou de um irmão. Começamos a vida com uma perda. Somos lançados para fora do útero sem “nada”. Deixamos ou somos tirados de um lugar quentinho e seguro para fazer parte de um mundo o qual nada temos. Sem saber se defender, sozinho, tendo que suportar na caminhada várias perdas e vários aprendizados para que no futuro ainda distante possamos quem saber suportar a dor da perda que a morte nos trás.
Quando a morte chega antes de passarmos por algumas perdas necessárias a dificuldade de lidar com ela é maior, principalmente quando a morte leva aqueles ou um daqueles que nos ajudaria a suportar tal angústia.
Outro fator que vamos enfatizar aqui é a disciplina confusa por parte dos pais. Esse é sem soma de dúvida um fator muito estressante para a criança.
Alguns pais como já falado anteriormente são muito permissivos, deixam os filhos fazer praticamente tudo. Principalmente por não agüentar a angústia dos filhos. Entretanto em alguns momentos, por estar estressado, com muito trabalho, depressivo, ansioso, angustiados ou por vários outros motivos acabam descarregando nos filhos. Essa descarga aparece em momentos em que as crianças estão fazendo algo “errado”.  O pior é que aqueles pais  super permissivos acabam brigando por algo que anteriormente, a algumas horas atrás , por exemplo deixaria fazer sem problema algum. Essa atitude faz com que a criança fique muito confusa e não consiga entender porque alguns minutos atrás ela fez a mesma coisa e foi aplaudida e reforçada através da permissividade dos pais, e agora ela está sendo corrigida verbalmente, com gritos e/outras formas de correções, até mesmo agressivas.
A criança terá dificuldade em distinguir o que é certo e errado, e conseqüentemente irá reforçar negativamente a relação com esse cuidador.
Outro exemplo é quando os pais possuem opiniões diferentes entre as normas corretas de educar seus filhos. Quando um fala uma coisa e outro discorda tudo ou de quase tudo, principalmente na frente desta criança.
O pai muito cordato e permissivo obriga a mãe assumir o papel de ruim e malvada. Aquela que só tira e nada dá. Causando uma enorme confusão na cabeça da criança.
Esses são sem soma de dúvidas fatores extremamente estressantes para uma criança, pois os pais acabam não oferecendo uma base firme em que a criança possa se apoiar em momentos difíceis da sua pequena vida, dificultando um relacionamento de confiança com seus pais.
Por último gostaria de enfatizar um outro fator estressante, a doença mental de um dos pais. Mas, deixaremos para outra oportunidade.


Psicóloga Clínica